sexta-feira, 13 de maio de 2016

UM TEXTÃO BEM EXPLICADINHO, NOS SEUS MÍÍÍÍNIMOS DETALHES!




Erick Vizoki
Uma amiga do Facebook me perguntou por que não falo nada sobre a decisão do ministro Gilmar Mendes em suspender, no dia 12/05 (quinta-feira, posse de Michel Temer e de seus ministros) as diligências em inquérito contra Aécio Neves, quando critiquei as manifestações do MST (um dos tentáculos petistas nos movimentos sociais) na praça de pedágio em Laranjeiras do Sul, no Paraná, quando bloqueou a rodovia BR-227 por dois dias (ver vídeo acima). “Aguardo ansiosamente seu textão sobre a suspensão da coleta de provas na investigação sobre o Aécio e termos pelo menos 11 ministros com ocorrências judiciais (Fonte: AgênciaLupa) e a extinção do CGU”, disse ela.
Pois bem, aqui está.
Primeiro, as manifestações contra a extinção da ControladoriaGeral da União, órgão responsável pela transparência, fiscalização e combate á corrupção, aconteceram isoladamente, no Distrito Federal, sem atrapalhar ninguém. A extinção do órgão só interessa a administrações corruptas.
Sobre os ministros de Temer com pendengas judiciais, todos nós sabemos que não só boa parte de seus novos ministros, mas a maioria do Congresso, entre deputados e senadores, incluindo as duas comissões do impeachment, tem contas a acertar com o Judiciário. Só falta você me dizer que os ministros de Dilma e de Lula eram todos santos e honestos. É o velho e ineficiente argumento de “eles também fizeram, então nós também temos o direito de fazer”.
Mas os ministros de Temer assumiram ontem (12/05/2016). Primeiro temos que esperar eles serem acusados e presos, como os ministros petistas, ok?
Quanto a suspensão das diligências sobre Aécio Neves e as suspeitas de recebimento de propina de Furnas, eu também fiquei indignado. Se há alguma suspeita sobre qualquer ator político, seja da agora situação, ou da agora oposição, deve ser investigada e os culpados, punidos.

“Nós e eles”

A diferença entre petistas e não petistas (os tais “nós e eles”, segundo a lógica lulopetista), é que não petistas não são fanáticos e conseguem enxergar além das cortinas vermelhas estendidas pelo PT entre sua militância e o resto do País. Como eu já havia comentado em minha página no Facebook, o PT conseguiu uma façanha inédita na história recente da República Democrática do Brasil: dividi-la em duas, a República Petista e a República Brasileira.
Não é porque não gosto e nunca gostei do PT que defenderei qualquer outro político corrupto, seja de qual partido for. Mas Aécio não é presidente do Brasil e não é ele que está sendo julgado em processo de impeachment. Além disso, nenhum não petista, ou até mesmo "coxinhas", saíram às ruas arrebentando tudo, bloqueando avenidas e estradas, ateando fogo em pneus e lixeiras, agredindo jornalistas, invadindo e depredando estabelecimentos comerciais e agências bancárias cada vez que o presidente do PSDB ou qualquer outro ex-oposicionista é acusado de alguma coisa.
Repito: se ele é acusado, deve ser investigado e, se condenado, punido!!! É assim que a Justiça tem que funcionar. Mas para os petistas, não. Qualquer sombra de suspeita contra eles é injustiça, perseguição política, é golpe. E aí saem espancando outros cidadãos e trabalhadores, numa clara intenção de dividir o País, o que pode caminhar para uma estúpida guerra civil. E todos sabemos que dividir é tática de guerra e de guerrilha. A divisão enfraquece o inimigo. No caso, o suposto inimigo são todos aqueles que discordam dos ideais lulopetistas, ou seja, a maioria do povo brasileiro.
A verdade é que ninguém quer tanto uma ditadura e repressão quanto o PT e a esquerda, pois reside aí sua zona de conforto.
Em um País calmo e equilibrado não há motivos para arruaça, para contestar, reclamar de repressão e perseguição, portanto não há como reivindicar a derrubada de quem está no poder e exigir para si essa posição.
A esquerda e o PT procuram, a todo custo, criar e incentivar um ambiente de constante guerrilha com a claríssima intenção de se colocarem na condição de vítimas e perseguidos. Na falta de argumento melhor, agora dizem repetida e enfadonhamente que estão sendo vítimas de golpe, acreditando (e é o que vai acontecer) que seu argumento entrará para a história. Nos livros que serão exigidos futuramente nas escolas, o termo surgirá para justificar a queda do PT em 2016 e que foram vítimas de repressão e perseguição. É o mesmo que acontece atualmente e há décadas, quando se ensina sobre os regimes socialistas implantados pelo mundo, sobre a extinta e fracassada União Soviética e seus “mártires” como Che Guevara.

Contrassenso

O senador Humberto Costa (PT-PE), ao votar no Senado contra a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, no dia 11/05, disse que o PT não terá complacência com um governo golpista. Podemos concluir que sua afirmação é uma ameaça á ordem pública e á tentativa de recuperar o País economicamente. Disse também que não irá tolerar que se mexa em direitos dos trabalhadores e benefícios sociais. É, no mínimo, um contrassenso e o suprassumo da falácia, uma vez que a própria Dilma mentiu (e tossiu) quanto a isso em sua campanha em 2014 e mexeu em direitos sagrados dos trabalhadores, chegando a bloquear, repentinamente, o seguro-desemprego de centenas de milhares de trabalhadores, sem nenhum aviso, e os deixou em situação bastante delicada e difícil. A alegação foi a de que muitos trabalhadores tinham seus CPF’s ligados a CNPJ’s, ou seja, mentiam para a União e que eram, na verdade empresários. Ou seja, o governo presumiu que, se um trabalhador arrisca-se em um pequeno empreendimento, ele sobreviverá tranquilamente de seu negócio, sem precisar voltar a ser empregado em alguma outra empresa. Não se levou em consideração que o tal pequeno empreendimento poderia não dar certo e o audacioso microempresário acabaria voltando, pobre como antes, ao mercado de trabalho. Isso sim, para mim, É GOLPE!!!