segunda-feira, 31 de outubro de 2011

MEDIA CRITICISM

O humor no fundo do poço

Erick Vizoki
Quando a gente pensa que a qualidade da programação de TV não pode piorar mais do que está, ainda nos surpreendemos descobrindo que pode sim.
Bem, este caso não é exatamente TV, mas tenta se apresentar como tal e com um nome a altura de seu humor e cartão de visita: Merd TV!!!
Hoje (31/10), durante uma entrada ao vivo da jornalista Monalisa Perrone no Jornal Hoje (Rede Globo), em frente ao Hospital Sírio-Libanês, para noticiar o início do tratamento do ex-presidente Lula de um câncer na laringe, ela foi literalmente empurrada por um grupo de malucos.
O link foi interrompido, o que gerou um mal estar geral na equipe do telejornal. Os âncoras Evaristo Costa e Sandra Annemberg, visivelmente indignados, não puderam deixar de comentar o fato: “Que deselegante”, disse Sandra.
Momentos depois, de volta à matéria, ainda ao vivo, a repórter confessou: “Levei um susto enorme, estou tremendo (...). Em vinte anos de profissão isso nunca me aconteceu”.
O vídeo com as imagens se alastrou por computadores país afora, minutos depois. Foram várias postagens no YouTube, cada uma com cerca de 250 visualizações.
Não é a primeira vez que os tais Merds aprontam essa.
No sábado (29), foi a vez do repórter José Roberto Burnier, que aliás estava com Monalisa no empurrão de hoje. Numa entrada que foi ao ar no Jornal Nacional (Globo), enquanto o repórter mostrava a fachada do Sírio-Libanês, pôde-se ouvir claramente alguém gritando (e invadindo o áudio do jornalista): “Cala a boca, Globo. É Merd TV!”.
Os ataques do grupo já vêm acontecendo pelo menos desde março. E o desrespeito não é só com os telespectadores e jornalistas, mas também com autoridades e, principalmente, com seus familiares.
Durante boletim apresentado no SPTV (informativo regional da Globo em São Paulo) em 29 de março, noticiando a morte do ex-vice-presidente José de Alencar, um idiota simplesmente surge atrás do repórter, devidamente paramentado com uma camiseta preta com letras brancas em destaque, que dizia: “Merd TV!”. E ainda gritou: “Merd TV aqui, ó! É Merd TV! Assistam a Merd TV!”. José de Alencar faleceu devido a um câncer no estômago.
Lula está iniciando um tratamento contra um câncer na laringe, diagnosticado no sábado (29). Algumas postagens na internet, particularmente no Facebook, ironizam a doença do ex-presidente com comentários do tipo “porquê ele (Lula) não usa o SUS para se tratar?”.


Os comentários geraram diversos protestos na rede, incluindo uma espécie de selo que passou a circular no Facebook, nos murais de centenas de internautas, com os dizeres: “Essa pessoa não vê graça nenhuma e nem ironia no câncer. Desejo melhoras ao Lula e a todos os portadores de câncer, no SUS ou na rede privada”.


Segundo o médico Paulo Hoff, que faz parte da equipe médica que acompanha Lula, esse tipo de tumor é mais comum nesta região do corpo e, portanto, "não houve surpresas". O médico afirma ainda que o tumor pode ser considerado de agressividade média.
Mas, ainda assim, é um câncer.


Franco-atiradores e cabotinos


A princípio, a impressão que o telespectador pode ter é que se trata de um protesto político ou contra a Rede Globo. Só que não é.
Segundo a Folha.com (UOL), “quase todas as emissoras já foram vítimas (dos Merds) nos últimos meses, mas o grupo tem preferência pela Globo”.
Portanto, o que se pode presumir é que são pessoas que querem aparecer, custe o que custar (sem querer comparar ou ofender o excelente humorístico da Band).
Talvez com o intuito de empurrar goela abaixo do público um, digamos, novo tipo de humor e, quem sabe, serem notados pela mídia até ganharem um contrato em alguma emissora para protagonizarem um novo programa na linha do “Pânico na TV” (que, cá entre nós, melhorou bem desde que surgiu, apesar de algumas sandices), esses sujeitos atiram para todos os lados, a torto e a direito.
Os Merds que aparecem nas intervenções não parecem ser pessoas incultas ou apenas fanfarrões. Eles até têm cara de universitários. Talvez pensem, em suas mentes desocupadas, em “revolucionar” o humor misturando elementos criados pela turma do Casseta & Planeta, que por sua vez se inspirou no humor criado pelo grupo inglês Monty Python (com conotação mais política e sátira de costumes), o escracho do pessoal do “Pânico na TV” e uma pitada do humor político do CQC.
É uma mistura explosiva, desagradável, ofensiva e sem graça. O suprassumo da futilidade e da vaidade.
O que esses idiotas não perceberam (além de sua própria burrice), é que será difícil alguma emissora séria pensar em adotar em sua grade um humor desse tipo. Até mesmo na internet (leia-se YouTube) não há praticamente nenhuma menção sobre o grupelho Merd, em quase um ano de “atividade”.
A ABI (Associação Brasileira de Imprensa) divulgou nota de repúdio contra as intervenções dos Merds. A Globo, por sua vez, pretende adotar medidas judiciais severas contra o grupo, uma vez que agora houve agressão física.
Mas como os próprios Cassetas diziam, “a esperança é a última que morre. Mas morre”.
Vai saber se em breve, ao ligarmos a TV e, numa noite sem atrativos enquanto mudamos de canal, nos deparados com a chamada: “A seguir assistam Merd TV!”. Aí a esperança morre mesmo.

EM TEMPO
Em entrevista ao UOL por telefone, o rapaz que se diz responsável pela invasão afirmou que não teve intenção de agredir a jornalista. “O nosso intuito não é agredir ninguém, é só invadir os links da Rede Globo,” disse, referindo-se às transmissões ao vivo da emissora. No ano passado, o mesmo grupo atrapalhou reportagens de César Tralli, na Globo.

O rapaz declarou também que teria sido empurrado pelos seguranças da Rede Globo no momento em que se chocou com Monalisa Perrone ao vivo. “No vídeo, você pode ver que eu digo o seguinte: ‘Me derrubaram aqui’”.
A Globo divulgou no jornal "SPTV" na noite desta segunda (31) que registrou boletim de ocorrência e estuda tomar medidas legais contra o grupo que empurrou a jornalista Monalisa Perrone durante reportagem em frente ao hospital Sírio-Libanês.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

MEDIA CRITICISM

31 de outubro: Dia das Bruxas do Saci



Erick Vizoki

A projeção populacional oficial da ONU, elaborada pela Divisão de População do Departamento de Desenvolvimento Econômico e Assuntos Sociais (DESA), prevê que o número de habitantes no planeta chegará a 7 bilhões no dia 31 de outubro.

A informação é recente e serve para ilustrar o quão cabalístico esse dia pode ser considerado. Diversos fatos importantes aconteceram em 31 de outubro na linha do tempo da história mundial, inclusive no Brasil, como o nascimento de Carlos Drummond de Andrade (1902) ou a queda de um avião da TAM (o primeiro de uma série), em 1996, matando todos os 96 passageiros e mais três em terra. Por uma triste coincidência, nesse dia também é comemorado o Dia Mundial do Comissário de Voo!

Mas qual a comemoração mais lembrada e festejada nessa data no Brasil? O Dia das Bruxas, ou Halloween!!!

Ainda não cheguei a me deparar com crianças fantasiadas de fantasmas, frankensteins ou bruxos batendo na minha porta perguntando “gostosuras ou travessuras?”, mas não duvido que isso acabe virando uma tradição “neotupiniquim”.

As comemorações do Halloween foram absorvidas por nós dos norte-americanos e, a meu ver, chega aqui com gosto de droga malhada, como dizia o Cazuza. Os próprios americanos absorveram e corromperam uma comemoração com significado muito mais profundo, de outra cultura muito mais antiga.

No século 5 d.C. a Irlanda Céltica comemorava o feriado de Samhain, final do verão e início do ano novo céltico. Também era celebrado o final da terceira e última colheita do ano, o início do armazenamento de provisões para o inverno, o início do período de retorno dos rebanhos do pasto e a renovação de suas leis. A celebração tinha também outros nomes: Samhain (fim de verão), Samhein, La Samon, ou ainda, Festa do Sol. Mas o que ficou mesmo foi o escocês Halloween. Alguns bruxos acreditam que a origem do nome vem da palavra hallowinas - nome dado às guardiãs femininas do saber oculto das terras do norte (Escandinávia). Para a Igreja Católica, tratava-se de uma festa pagã, principalmente por causa da influência das mulheres nos festejos.

Tudo muito bom, muito bonito e instrutivo, mas o que nós temos a ver com isso???

Acho até que seria válida uma espécie de “antropofagia cultural”, como aconteceu no Movimento Modernista (1922) ou mesmo no Tropicalismo (1968): as crianças poderiam propor “gostosuras ou travessuras” fantasiadas de Cuca, Boitatá, Curupira, Caipora ou Saci! Porquê não o Saci? Temos mais intimidade com ele do que com bruxas da Idade Média, vampiros ou outros monstros estrangeiros.

Há um Projeto de Lei federal, o de nº 2.762, de 2003 (apensado ao projeto de lei federal nº 2.479, de 2003), elaborado pelo então líder da camara do governo Aldo Rebelo (PCdoB - SP) e Ângela Guadagnin (PT - SP), que ainda tramita no Congresso Nacional, que estipula o dia 31 de outubro como o Dia do Saci, justamente para corrigir essa discrepância entre nossas crianças, para que num futuro próximo não percamos de uma vez por todas nossa identidade cultural.

A Ong Sosaci – Sociedade dos Observadores de Sacis (!) dispõe em seu site (http://www.sosaci.org/) um abaixo-assinado para que o Projeto de Lei seja aprovado. No Estado de São Paulo já existe uma lei que contempla o Dia do Saci em 31 de outubro, desde 2004.

Origem

O Saci provavelmente surgiu entre povos indígenas da região Sul do Brasil, ainda durante o período colonial (possivelmente no final do século XVIII). Nesta época, era representado por um menino indígena de cor morena e com um rabo, que vivia aprontando travessuras na floresta.

Porém, ao migrar para o norte do país, o personagem sofreu influências da cultura africana, transformando-se num jovem negro com apenas uma perna, pois, de acordo com o mito, havia perdido a outra numa luta de capoeira. Passou a ser representado usando um gorro vermelho e um cachimbo, típico da cultura africana.

Um perneta no futebol

O Saci Pererê é também o mascote do time de futebol Sport Club Internacional, de Porto Alegre, que atualmente (2011) está no 7º lugar no Campeonato Brasileiro. Um dos motivos de o Saci ser o mascote do Internacional é porque foi o primeiro time do País a contratar jogadores negros.
Para identificar o Inter como um clube do povo, nas páginas esportivas da antiga Folha Desportiva e do jornal A Hora, surgiu na década de 50 a figura do Negrinho, um personagem cheio de ironia e malandragem. Com o tempo, o Negrinho acabou virando o Saci, aquele que gosta de armar ciladas contra as pessoas, como uma analogia ao que o Internacional faria nos campos de futebol.

Após a criação do Estádio dos Eucaliptos, em 1931, graças ao presidente do clube, Ildo Meneghetti, o clube faria a sua primeira viagem fora do Rio Grande do Sul, e também a primeira fora do Brasil. A ocasião deve-se ao amistoso realizado contra o uruguaio Oriental, no dia 25 de maio em Rivera, no Uruguai. O Internacional venceu a partida amistosa por 4 a 2.

Começa a grande mudança social do clube. Com o segundo título estadual em 1934, os jogadores já recebiam alguma forma de remuneração para jogar futebol. O time não era mais formado por tios, primos, filhos, e amigos da família. Estavam em campo jogadores das ligas periféricas, gente mais simples, alguns pobres e negros.

TV, literatura, cinema e quadrinhos

Por mais que se tente, o nosso Saci parece não emplacar entre as webcrianças e virtualteenegers de hoje...

Na literatura, Monteiro Lobato foi o primeiro a retratar o Saci. Na saga do Sítio do Pica-Pau Amarelo o Saci aparece constantemente. O mito se espalhou por todo o Brasil quando as histórias do escritor paulista de Taubaté ganharam as telas da televisão, transformando-se em seriado, transmitido no começo da década de 1950.

Em 1951 estreia o filme “O Saci”, dirigido por Rodolfo Nanni, baseado no livro de Monteiro Lobato, “O Saci” (1921). Foi a primeira grande produção brasileira dedicada ao público infantil.

Em 1953, é lançado o primeiro desenho animado de longa-metragem brasileiro, “Sinfonia Amazônica”, por Anélio Lattini Filho (outras fontes citam “irmãos Lattini”). O longa é uma homenagem e uma coletânea de lendas folclóricas brasileiras, ainda em preto e branco, com muito samba e chorinho. O Saci não faz parte da obra, infelizmente... Mas, em 1954, a animação faturou, em São Paulo, por Menção Especial, o prêmio... Saci!

O Saci também aparece nas histórias em quadrinhos do personagem Chico Bento, de Maurício de Sousa. O mineiro Ziraldo criou a Turma do Pererê, onde o negrinho perneta é o protagonista ao lado de várias outras personagens do nosso folclore. Ele próprio chegou a criar sua versão para a mascote do Internacional, de Porto Alegre.

Então fica aqui a sugestão para as novas comemorações do 304º dia do ano (305º nos anos bissextos) e último dia de outubro e, para mostrar que não sou radical... SACI FOREVER!!!

(Com informações do Sport Club Internacional, Ong Sosaci, Wikipedia e diversas outras fontes)



FATOS IMPORTANTES DE 31 DE OUTUBRO

1517 - Martinho Lutero prega suas 95 teses na porta da Igreja de Wittenberg, marcando o começo da Reforma Protestante na Alemanha.

1902 – Nasce Carlos Drummond de Andrade, poeta, contista e cronista brasileiro (faleceu em 1987)

1952 - A primeira bomba de hidrogênio é detonada pelos Estados Unidos nas ilhas Marshall, no atol Eniwetok, região do Pacífico.

1972 - Polícia paulista desvenda ramo brasileiro da máfia italiana e prende o chefe Tomaso Buscetta.

1979 - O jornalista Fernando Gabeira lança o livro “O que é isso, companheiro?”, que se tornou filme e concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

1984 - A primeira-ministra indiana Indira Gandhi é morta a tiros por membros de sua guarda de segurança enquanto andava no jardim de sua casa.

1988 - Paul McCartney torna-se o primeiro músico ocidental a lançar um álbum exclusivamente na União Soviética.

1992 - João Paulo II reconhece que a condenação de Galileu foi injusta.

1993 - Morre Federico Fellini, cineasta italiano.

1996 - Avião da TAM cai em São Paulo, no Jabaquara. Todos os 96 passageiros e 3 moradores faleceram no acidente.

(Com informações do portal Terra)

sexta-feira, 22 de julho de 2011

MEDIA CRITICISM

Renata Fan cede ao desafio de Denilson

Apresentadora dançou mesmo no programa "Jogo Aberto", da TV Bandeirantes


YOUTUBE: http://www.youtube.com/watch?v=_SFpELb17p0


O vídeo não bombou muito no YouTube que, até as 23h35 do dia 22/11, havia recebido (pasmem!!!!) modestos 23.856 acessos...
Eu tive a oportunidade de ver esse acontecimento por acaso, no tal programa, quando estava de passagem em um estabelecimento comercial em Alfenas (MG), na hora do meu almoço, no dia 15 de julho (quando o "show" foi ao ar).
Não me ligo em futebol, detesto o assunto. Mas às vezes assisto o "Jogo Aberto", da Band, só por causa da Renata. Não nego que é por causa, também, da beleza da ex-miss gaúcha, mas mais ainda pelo ineditismo de ver uma loira desse porte apresentar um programa sobre futebol com tanto profissionalismo e competência (tô falando sério, gente).
Eu já sabia da heroica campanha do ex-craque e atual comentarista esportivo Denilson, e confesso que fiquei na expectativa desse evento. Não só porque a Renata Fan é
estonteante, mas principalmente porque fiquei curioso de como esse acontecimento seria registrado.
Na minha modesta e leiga opinião, como dançarina ela é uma excelente comentarista esportiva e grande torcedora do Internacional.

Agora, brincadeiras à parte, não sei quem ou quantos concordarão comigo... Mas considero e coloco o episódio no rol dos grandes acontecimentos da história da televisão
brasileira (televisão, não jornalismo, vejam bem).

O SABETUDO.COM: http://www.osabetudo.com/renata-fan-danca-ao-vivo-no-jogo-aberto-dancarenata/


Justifico:
1- Já disse que não gosto de futebol, mas, como faço parte de uma esmagadoríssima minoria, sempre acabo me deparando, na hora do almoço, com aparelhos de TV sintonizados em telejornais esportivos. Quase sempre (justificavelmente) o da Band. E não é (ou melhor, era) por causa do Milton Neves.
Nunca me esqueci de um bate-boca que a Renata teve com ele, ao vivo, por ocasião de uma brincadeira sobre a derrota do time do coração dela, o Internacional. Não lembro
em que ano e campeonato foi, mas o Milton Neves e a produção do programa que eles apresentavam juntos colocaram no palco um caixão com o brasão do time desta minha musa (a primeira ligada a futebol, vê se pode) e tiraram uma onda com a cara dela. Me lembro que a brincadeira chegou quase a extrapolar os limites e da reação da gata. Foram essas as palavras exatas da moça ao Milton Neves: "O senhor, por favor, me respeite... Como torcedora e como profissional!". Adorei aquilo! Não esperava isso de uma loira lindíssima que, até então, achei que estivesse no programa só para dar audiência.


2 - Renata Fan acabou ganhando um programa de jornalismo esportivo só pra ela, e como âncora!


3 - Por conta do episódio da dança, além dos outros atributos mencionados acima, ela ganhou meu respeito como profissional, espaço que antes eu dedicava à sua conterrânea, Ana Hickmann, justamente pela desmistificação do mito da "loira burra". E acho que nenhuma das duas são. Inclusive, sobre a Ana Hickmann, tive um saudável e respeitoso
comentário com o Coveirinho Pop, do blog "Cemitério das Celebridades" (http://ocemiterio.wordpress.com/2010/07/19/ana-hickmann/comment-page-2/#comment-6048)...


4 - Pra finalizar, gostei muito da tal dança e da performance da Renata como apresentadora nesse "evento". Vi ela de novo hoje, no mesmo local, na hora do almoço, na mesma rotina:
apresentando seu programa com o mesmo profissionalismo de sempre, de quem entende de futebol (ao contrário de mim) e com sua beleza irretocável, apesar de às vezes cometer uns errinhos de script (como se alguém fosse ligar pra isso)...


Consideração final - Para mim foi um grande acontecimento da TV e vale a pena registrar. E não posso deixar de elogiar e gradecer ao Robinho por ter sido o principal responsável
por isso... TE AMAMOS, DENILSON!!!! Mas amamos ainda mais a Renata Fan!!!!!!!!!!!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

MEDIA CRITICISM

Facetas do “neocoronelismo”

Erick Vizoki

Nem vou me estender muito nesta postagem. Na verdade, nem queria usar desta minha coluna “Media Criticism”... Ia postar como editoria Política, mas não é a proposta original deste blog. Como se trata de uma reportagem feita por mim, mas acerca de uma realidade que não conheço profundamente (a situação política no município de Fama/MG), preferi ser meu próprio ombudsman. Conheço razoavelmente bem o mundo político do interior sul-mineiro, já que morei ali por quase sete anos, em várias cidades e trabalhando em alguns jornais, como repórter e como editor. E também como projetista gráfico e diagramador. Nesse caso em particular, que motivou esta postagem, fiquei um pouco mais impressionado.

Fama é um município localizado no Sul de Minas Gerais, com pouco mais de 2 mil habitantes e com cerca de 87Km² de área, mas com grande apelo turístico por estar às margens do Lago de Furnas (o segundo maior lago artificial do mundo), que banha diretamente 32 cidades em uma região de topografia privilegiada. Pois bem. Vivendo basicamente de pesca, agricultura e turismo, é uma cidade meio que com problema metropolitano: há um fosso divisor de classes sociais. De alguns anos para cá está havendo uma agitação política na região, encabeçada pelo Partido dos Trabalhadores - PT, com base referencial no vizinho município de Alfenas. Hoje governada pelo prefeito Luiz Antônio da Silva (PT), a cidade natal de Rogério Flausino (Jota Quest) passou a experimentar uma administração com acentuado apelo social desde a primeira eleição de um prefeito petista, Pompilio Canavez, em 2004. Reeleito em 2008, Pompilio se afastou da prefeitura em 2010 para disputar um cargo na Assembleia Legislativa mineira, que acabou conquistando, deixando em seu lugar o vice Luiz Antônio, o Luizinho. Com uma administração competente, respaldada em pesquisas e aprovação popular, a dupla mostrou-se habilidosa em articulações políticas na região, a ponto de chegar onde quero chegar com este artigo.

Várias cidades vizinhas apoiam o modelo administrativo alfenense e agora mais ainda, com um deputado estadual muito próximo circulando por lá, o Pompilio, que apesar de estar em sua primeira experiência no Legislativo mineiro, tem grande experiência acerca das questões do Lago de Furnas e outras ambientais ligadas à água (o deputado debutante irá à Espanha proferir palestra entre os dias 11 e 15 de abril próximos, sobre saneamento, representando a ALMG) e o melhor mesmo é estar próximo a ele.

O que aconteceu em Fama, nesta situação em particular, foi justamente um reflexo da política habitacional adotada em Alfenas nas gestões Pompilio/Luizinho. Militantes políticos e líderes comunitários da vizinha Fama decidiram que era hora de um projeto habitacional para a cidade. Nesse sentido, foi fundada ali uma associação habitacional, a AHF – Associação Habitacional de Fama, presidida pelo gaúcho Jair Panis, que residiu por lá e milita em causas sociais há um bom tempo. Quando a entidade ganhou apoio do deputado Canavez e se espelhou no modelo alfenense de Luizinho, o tchê naturalizado mineiro fez um levantamento do déficit habitacional em Fama e decidiu levar a público, apresentando os resultados angariados oficialmente na Câmara Municipal da cidade, marcada para o dia 18 de março deste ano. Foi então que o bicho pegou.

Fui acompanhar a exposição do presidente da AHF, reação dos parlamentares famenses e da população frente a esse fato, digamos, inédito. Fiquei embasbacado. Como jornalista, sei, dos bastidores, o motivo da confusão. Panis e sua AHF colocam em risco o mofado modelo político-administrativo famense, uma vez que é apoiado pela nova potência política da região, que é o PT da dupla Pompilio/Luizinho. Para concluir, seguem os links para a matéria que publiquei no jornal alfenense Folha do Lago e para uma pequena gravação em vídeo (editada, claro) feita no dia para registrar o que já se esperava: a censura no interior de Minas.

Matéria Folha do Lago

http://www.jornalfolhadolago.com.br/noticia-detalhes.asp?id=112&noticia=Populares-protestam-e-abandonam-sessão-na-Câmara-Municipal-de-Fama

Vídeo - http://www.youtube.com/watch?v=lxl8mhopeoQ

sábado, 19 de março de 2011

CIÊNCIA

Supermoon: aproximação mostrará a maior lua cheia em 20 anos
A última grande aproximação aconteceu em 2005 e foi associado aos terremotos na Indonésia
Erick Vizoki
Matéria publicada no jornal Folha do Lago, de Alfenas (MG), em 18/03/2011
Uma boa notícia para os apaixonados, pescadores e amantes do espaço em geral.Neste sábado (19) o mundo presenciará um espetáculo que aconteceu pela última vez em 1992: o “perigeu lunar”, também chamado de “supermoon”. Isso significa que a Lua chegará ao ponto mais próximo da Terra desde os últimos 20 anos. O melhor horário para a observação do fenômeno, ou para fotografá-lo, será no final da tarde, por volta das 18h, quando o Sol estará se pondo e os dois astros estarão em lados opostos por cerca de 15 minutos.Neste fim de semana a Lua estará a uma distância de 221.567 milhas de nosso planeta (ou 356.501Km).O último “supermoon” (superlua, em tradução literal), apesar da última aproximação em 2005, na verdade ocorreu em 1992. E sempre foi associado a catástrofes naturais, como terremotos e tsunamis.Em 2005, a Lua chegou a uma dessas aproximações em 10 de janeiro, nos dias próximos dos terremotos na Indonésia que registrou 9.0 na escala Richter.O furacão Katrina, em 2005, também foi associado com a lua cheia gigante.É esperado que nosso satélite natural apareça no céu 14% maior e 30% mais luminosa, especialmente quando nascer no horizonte do oriente ao pôr-do-sol ou em condições atmosféricas bem favoráveis.Previsões de “supermoons” aconteceram em 1955, 1974 e 1992 – em cada um destes anos houve fortes manifestações climáticas.
Paranoia
A Lua descreve em volta da Terra uma órbita elíptica - como um círculo achatado -, e assim a distância entre os astros varia. Perigeu é o ponto mais próximo da Terra. Apogeu é o mais distante. Nas teorias apocalípticas, o perigeu lunar foi responsável pelo tsunami de 2004, que devastou o Sudeste asiático, e o ciclone Tracy, que atingiu a Austrália em 1974.Há quem acredite que tal aproximação do satélite, que por sua força gravitacional influencia as marés, possa também influenciar a movimentação de placas tectônicas quilômetros abaixo da superfície terrestre, ocasionando terremotos e tsunamis. Tal influência gravitacional poderia ter sido responsável pelo recente terremoto e tsunamis que assolaram o Japão na semana passada. Para astrônomos, a associação entre superluas e desastres naturais não passa de paranoia. "É possível que a Lua esteja um quilômetro ou dois mais perto da Terra do que um perigeu normal, mas isso é um evento extremamente insignificante", disse David Harland, historiador do espaço e escritor, ao jornal inglês Daily Mail. Pete Wheeler, pesquisador do Centro de Astronomia de Rádio da Austrália disse que "não haverá terremotos ou erupções - a menos que eles tenham que acontecer de qualquer forma".Segundo o astrônomo australiano David Reneke, "com criatividade" qualquer desastre natural pode ser associado a corpos celestes. No passado, continua, algumas pessoas acreditavam que o alinhamento dos planetas poderia despedaçar o Sol. "A maré baixa será um pouco mais baixa e a alta, um pouco mais alta", previu. "Só isso".
Fonte: Revista Exame/exame.abril.com.br
Frustração
Pois é... No dia 19/03/2011, eu estava em Alfenas (MG) e saí por volta das 18h10 para tentar fotografar, ou ao menos ver, a superlua... Não deu. O tempo estava nublado, o céu carregado de nunvens, e a dita cuja não deu o ar da graça.
Para matar o tempo, enquanto esperava que as cortinas de nuvens se abrissem para Sua Majestade, rainha dos amantes, pescadores ou simplesmente admiradores (como eu), fui na pastelaria do Zheng, que fica na praça Getúlio Vargas, centro da cidade, beber uma cerveja. Enquanto estava de bobeira, acabei fazendo um cartunzinho sobre o fenômeno.
Quem sabe amanhã ou daqui vinte anos...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

TEATRO

Cia Olhos de Dentro já abriu inscrições para a nova turma 2011 

Internautas estão elegendo "Shakespeare Eterno" como o melhor espetáculo de 2010


Cia Olhos de Dentro em cena de "Shakespeare Eterno" ( Fotos: divulgação/Paulo de Tarso) 



Erick Vizoki
A partir do próximo dia 19 de março a Cia Teatral Olhos de Dentro abre suas inscrições para o Curso Livre de Teatro para Deficientes Físicos, Visuais, Síndrome de Down e pessoas afins.
A companhia é dirigida e foi criada pela atriz e pedagoga Nina Mancin há pouco mais de 6 anos e, desde então, vem ministrando cursos visando a formação teatral para portadores de deficiência visual e física, como também para o público em geral, com o objetivo de integrá-los na área de artes cênicas, promovendo e estimulando a convivência no meio teatral. 
As oficinas são ministradas no teatro Ruth Escobar, em São Paulo (SP). Semanais, as aulas são voltadas a alunos de, no mínimo, 15 anos e sem limite de idade, desenvolvendo ali toda informação de caráter didático para a capacitação teatral.
Mas o grande barato, e para a alegria dos amantes do teatro e público em geral, é que no final do curso é realizada uma montagem teatral com a participação de todos os alunos. 
Por se tratar de um curso livre, ele é continuado e a cada ano são incorporados novos alunos vindos de várias entidades. 

Talento e cidadania

Nina fez uma bela carreira não apenas no teatro, mas na TV e no cinema também. 
Formada em 1999 em Pedagogia pela Unifai (Centro Universitário Assunção, antiga Faculdades Associadas Ipiranga), a atriz tem no currículo diversas participações em peças teatrais, tanto no elenco como na direção. 
Destaque para "Girassol" (2006) e "Shakespeare aos Pedaços" (2007), ambos espetáculos sob sua direção, e "A Prostituta no Manicômio" (2000), quando foi premiada como Melhor Atriz no XIII Festival de Monólogos.
Na TV participou das novelas "A Picara Sonhadora" (2001/SBT) e "A Turma do Gueto" (2004/Rede Record), além de diversas minisséries e comerciais. 
No cinema esteve nos curta-metragens "A Árvore de Natal" e "A Revolta do Vídeo Tape" (ambos de 1999) e "Cadê Meu Ônibus" (2007). Em 1997 recebeu duas indicações de Melhor Atriz para os prêmios APETESP de Teatro e Coca-Cola de Teatro.
Não contente com tantos êxitos, a moça parece estar conseguindo mais um. O site O Fuxixo abriu votação aos internautas para o melhor espetáculo teatral de 2010 e adivinhem quem está na frente até agora? Quem respondeu "Shakespeare Eterno", com a Cia Teatral Olhos de Dentro, dirigido pela própria, ganhou os aplausos do respeitável público! Portanto, quem ainda não votou, ainda está em tempo. Nina e sua troupe merecem, e muito! 
O link para a enquete é: http://ofuxico.terra.com.br/enquete.php?preview=1&id=26
Com tanta história na bagagem pra contar, está explicado o sucesso e a procura pelos cursos e oficinas de Nina Mancin. 
A atriz conta com o apoio da APETESP – Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado de São Paulo, APACE – Associação Paulista de Arte Cultura e Educação e Secretaria de Estado da Cultura - Projeto Talentos Especiais. 

Para conhecer mais sobre Nina Mancin e a Cia Olhos de Dentro:

Nina Mancin: http://nina.mancin.vilabol.uol.com.br/capa.htm
Cia Teatral Olhos de Dentro: http://www.olhosdedentro.com/index.html

Para saber mais sobre o espetáculo "Shakespeare Eterno" (que infelizmente não está mais em cartaz): http://www.destaquesp.com/index.php/Cultura/Teatro/shakespeare-eterno-no-teatro-ruth-escobar.html

SERVIÇO
Curso Livre de Teatro para Deficientes Físicos, Visuais, Síndrome de Down e interessados
Cia Teatral Olhos de Dentro
Inscrições: a partir de 19 de março/2011
Teatro Ruth Escobar - Sala Miriam Muniz Rua dos Ingleses, 209 - Bela Vista
Das 10:00 às 13:00h

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

MÚSICA

Ô abre alas que o rock quer rolar

A banda Macaco Bong, de Cuiabá (MT), em show com Gilberto Gil Erick Vizoki Carnaval e rock, normalmente, são tão imiscíveis quanto água e óleo. Então, os roqueiros de plantão terão uma ótima alternativa para o próximo mês de março. Antes dos tradicionais trios elétricos, axé e marchinhas predominantes no carnaval, que este ano acontecerá no dia 8 de março, será realizado nos dias 4 e 5 (sexta-feira e sábado) o festival Grito Rock, considerado o maior evento de música independente da América Latina. O festival, filiado à Abrafin (Associação Brasileira de Festivais Independentes), é uma produção do Circuito Fora do Eixo em conjunto com coletivos culturais de praticamente todo o país e conta com parceria das Casas Associadas e apoio de Toque no Brasil. Realizado em nove países (Brasil, Argentina, Uruguai, Bolívia, Chile, Panamá, Costa Rica, Honduras e El Salvador), deve atingir cerca de 130 cidades. Os organizadores esperam em torno de 900 artistas a se apresentarem para um público estimado em 300 mil pessoas. Em Minas Gerais, este ano, o festival que já está em sua nona edição, será sediado pela primeira vez em Machado, no Sul de Minas, na Praça Antônio Carlos, centro da cidade, além de mais 20 municípios mineiros. A produção está a cargo do Coletivo Machadada, que faz parte do Fora do Eixo Minas, rede colaborativa de produção cultural, e em parceria com a Agência Mineira de Entretenimento (AME), empresa machadense multiplataforma, atuando no fornecimento de produtos, serviços e informações especializadas na área de Cultura. Também estão sendo feitas várias negociações para que, além de música, sejam apresentadas outras artes integradas ao Circuito Fora do Eixo. Revelações Um dos grandes méritos do festival Grito Rock é revelar novos nomes do cenário independente. “A realização desse festival em nossa região é um passo importante para a consolidação de nossa cena musical. Garante espaço aos artistas independentes, promove a integração com outras regiões de Minas e do Brasil e abre as portas para que artistas de nossa região possam circular por todo o país”, conta Platinny Paiva, do Coletivo Machadada, responsável pela articulação e produção do Grito Rock 2011 em Machado. Platinny também é vocalista e fundador da banda Setecopas, que completa 10 anos de atividade em 2011. O grupo, que surgiu em 2001 na cidade de Alfenas (MG), se prepara para realizar uma grande turnê comemorativa, que deve percorrer 60 cidades. Além do novo show, a banda promete um novo material de estúdio, que já está sendo produzido. Uma das bandas que surgiu nesse cenário do Circuito Fora do Eixo foi a Macaco Bong. Original de Cuiabá (MT) e ligada ao Coletivo Cubo, a banda independente se destacou no circuito e se apresentou por todo o Brasil. Seu primeiro disco foi escolhido pela revista Rolling Stone Brasil como o melhor do ano de 2009 e ainda participou do novo show de Gilberto Gil, “Futurível”. Em Machado se apresentarão oito bandas, sendo duas bandas Fora do Eixo, duas bandas Fora do Eixo Minas e quatro bandas regionais, selecionadas pelo Coletivo Machadada. Maiores informações: www.machadorockcity.com.br www.gritorock.com.brcmachadada@gmail.com